chapando meu pai e quase dando ruim
então, meu pai sempre foi na dele, trampo, casa, cigarrinho depois do almoço e só. mas esses dias ele tava em casa de boa e me chamou pra descer pra fumar na pracinha. eu falei beleza, e levei aquele cigarro “especial” q eu tinha misturado com uns grãozinhos de haxixe, só pra dar uma relaxada no dia. pensei q ele nem ia perceber a diferença, sabe?
a gente tá lá fumando e ele vê meu cigarro, pergunta q parada é aquela, pq o cheiro tava “diferente”, mas gostou. eu dou uma risadinha e digo q é um “tabaco artesanal”, mas não dou muita explicação. só q aí, pra minha surpresa, ele pede pra dar uns tragos. falo pra ele ir de leve, mas ele já manda uns 3 tragos pesados, sem dó. eu tô ali pensando: “ih, será q vai dar ruim?” mas deixo.
passa uns minutos e eu começo a ver q ele tá meio… estranho. tipo, ele tá quieto demais, olhando pros passarinhos como se fossem umas espécies raras. pergunto se tá tudo bem, e ele só responde: “cê já percebeu como o som das folhas é… intenso?” eu já rindo por dentro, mas tentando ficar de boa pra ele não pirar.
aí, sem mais nem menos, ele se levanta do banco e fala q precisa “respirar melhor”, mas tá andando meio torto, tipo segurando o ar como se fosse evaporar. nisso, toca o celular dele e é minha mãe perguntando onde ele tá. ele pega o celular e começa a tentar explicar, mas solta uma coisa tipo “a praça tá… mexendo cmg.” e minha mãe já começa a ficar preocupada, perguntando o q tava acontecendo.
eu pego o celular, tento acalmar ela e digo q ele tá só cansado, q o sol tava forte e tal. desligo o telefone e penso: “nossa, agora ferrou”. só q meu pai começa a andar em círculos na praça, falando q o chão tava “mole” e q parecia q ele tava “afundando na terra”. ele para do nada, me olha e manda: “filho, será q a gente vai conseguir voltar pra casa?”
tento segurar a risada, mas vejo q ele tá realmente chapado e um pouco tenso. então falo q ele só precisava relaxar, q era coisa da cabeça e tal. mas ele vira pra mim, sério, e fala: “cê botou alguma coisa nesse tabaco, né?” e aí já começa a rir logo depois, meio q rindo e falando “não acredito q tô chapado com meu próprio filho.”
aí começa a missão de levar ele de volta pra casa. a gente sobe devagarinho, ele tropeçando, segurando na minha camiseta e dizendo q o elevador tava parecendo “um foguete pronto pra lançar”. toda hora eu tinha q lembrar ele de respirar, pq ele ficava segurando o ar e depois dizia q tava “segurando a calma” (??). no meio disso, ele solta um “tá tudo tão colorido” e eu já pensando como ia explicar isso se minha mãe visse ele assim.
chegamos em casa e ele desaba no sofá, meio zonzo ainda. minha mãe pergunta o q rolou, e eu mando q foi “coisa do sol, cansaço do trampo e tal”. ele tenta concordar, mas solta uma risadinha e fala: “é, o tabaco do seu filho é bem… especial.” ela olha desconfiada, mas deixa passar.
meu pai apaga por uns 20 minutos e depois acorda, todo sereno, dizendo q nunca se sentiu “tão em paz com o universo.”
edit: realmente n "droguem" ngm sem "avisar", eu só deixei rolar pq conheço meu pai e esse véio ja usou coisa pior, eu sabia q n ia dar em nada, mas realmente nunca façam isso pelo amor